A Covestro, fabricante alemã de materiais poliméricos, desenvolveu o Cardyon, uma matéria-prima inovadora feita com dióxido de carbono (até 20%). Em parceria com o Instituto de Tecnologia Têxtil da Universidade RWTH Aachen e vários fabricantes têxteis, a Covestro desenvolveu o processo de produção em escala industrial de fibras elásticas feitas com um componente químico que consiste em parte de CO2 em vez de petroquímicos.
As fibras feitas de poliuretano termoplástico (TPU) à base de CO 2 foram criadas através da utilização de uma técnica de fiação por fusão que, diferentemente da fiação a seco convencional, não depende de solventes nocivos.
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Este é mais um marco no uso do CO2 como matéria-prima alternativa e a Covestro está preparando essas fibras inovadoras para o mercado. As fibras elásticas podem ser usadas para meias, roupas e tecidos médicos, por exemplo, e podem substituir as fibras elásticas convencionais à base de óleo bruto.
Na fiação por fusão, o TPU é derretido, pressionado em fios muito finos e finalmente processado num fio sem fim. Ao contrário da fiação a seco, usada para produzir fibras sintéticas elásticas convencionais, como elastano, a fiação por fusão elimina a necessidade de solventes prejudiciais ao meio ambiente. Um novo método químico permite que o dióxido de carbono seja incorporado ao material base, que também possui uma pegada de CO2 melhor do que as fibras elásticas tradicionais.
Assim “o material à base de CO 2 pode ser uma alternativa sustentável às fibras elásticas convencionais em um futuro próximo”, disse o professor Thomas Gries, diretor do Instituto de Tecnologia Têxtil da Universidade RWTH Aachen. “Com a Covestro, podemos impulsionar em conjunto o estabelecimento de uma nova base de matérias-primas para a indústria têxtil.” Num post anterior, falei sobre a introdução de fibras sintéticas de CO2 na industria têxtil.
