A gestão dos resíduos é um problema sério em todo o mundo, mas é especialmente difícil nas comunidades isoladas que não têm acesso a centros de reciclagem. O estúdio de arquitetura Miniwiz com sede em Taiwan, um dos líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologia upcycling, surgiu com uma solução ambientalmente amigável: o TRASHPRESSO, a primeira usina de reciclagem móvel do mundo, movida a energia solar e que transforma lixo em azulejos. Onde quer que vá, a TRASHPRESSO recicla os resíduos de plásticos e tecidos em azulejos para uso na arquitetura.
A usina de reciclagem móvel fica sobre uma plataforma de contêiner e é transportada por um caminhão de reboque. A usina se abre da mesma forma que um satélite em órbita para recolher a energia solar para poder realizar o processo de reciclagem dos resíduos de plástico e tecido. O lixo é “lavado, cortado, fundido e moldado” em azulejos para arquitetura, e a água para limpar o lixo é reutilizada no processo.
O usina pode fabricar 10 metros quadrados de azulejos a cada 40 minutos. Cada azulejo contém o equivalente a cinco garrafas PET. Os azulejos podem ser utilizados para acabamento de pavimentos, exteriores ou interiores, ou vendido como matéria-prima para outros processos upcycling de fabricação como fiação, injeção, e extrusão.
O CEO da Miniwiz e co-fundador Arthur Huang disse em um comunicado, “Até agora, a reciclagem de grau industrial estava limitada a fábricas. O TRASHPRESSO supera as distâncias e a barreira da energia, mostrando que a reciclagem é possível em todos os lugares. Não só serve para reciclar o lixo no local, mas também serve como uma ferramenta educacional em comunidades isoladas “.
O estúdio Miniwiz mostrou a TRASHPRESSO recentemente em Xangai para celebrar o Dia da Terra. A usina móvel será implantada pela primeira vez em NianBao Yuze no planalto tibetano, onde a beleza natural da região foi emporcalhada por turistas que deixam para trás lixo plástico. De lá, a usina vai viajar para outras áreas remotas para reciclar o lixo encontrado nas praias, lagos, reservatórios ou rios. Não é fantástico? Só mesmo a inovação tecnológica para impulsionar a sustentabilidade e economia circular.