A Mayer & Cie, maior fabricante alemã de máquinas de tricotar circular, recebeu o Prêmio de Inovação Climática e Ambiental (IKU) por sua tecnologia de fiação e tricotagem spinitsystems. O Ministério Federal do Meio Ambiente (BMUB) e a Federação das Indústrias Alemãs (BDI) premiam a cada ano através do IKU, as inovações que marcam novos avanços em termos de proteção climática e ambiental. O júri da IKU disse que eles sentiram que o Spinitsystems fez exatamente isso. Combinando a fiação e o tricô na mesma máquina, ajuda a economizar energia, recursos, espaço e tempo na produção de malhas de jersey.
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A máquina de fiar e tricotar Spinit 3.0 E foi apresentada pela primeira vez na ITMA Asia + CITME deste ano na China. “Somos o primeiro fabricante a ousar fundir esses dois processos que antes eram separados”, disse Michael A. Tuschak, encarregado de marketing e vendas do Spinitsystems. “Estamos muito satisfeitos que uma inovação deste tipo tenha sido recompensado com este prêmio.“
Menos CO2, menos energia, menos recursos
Normalmente, o fio é processado em tecido de malha nas máquinas de tricotar circulares tradicionais. O fio vem de uma fiação, onde é fabricado num processo complexo e de uso intensivo de energia. A nova máquina de fiação e tricô Spinit 3.0, em contraste, não espera que os fios acabados cheguem da fiação, ele usa as mechas das fibras e é capaz de combinar os processos anteriormente separados de fiação e tricô. O processo de rebobinamento que era necessário anteriormente foi eliminado.Várias outras máquinas não são mais necessárias, reduzindo o espaço necessário em cerca de um terço.
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O processo leva menos tempo, reduzindo a quantidade de energia necessária para cerca de dois terços do que o processo de fabricação convencional. A máquina de fiação e tricô também ajuda a economizar algodão. As sobras errantes nos carretéis não são desperdício pois podem ser enviados diretamente para a fiação, explica o fabricante.
Estes foram os pontos que o júri da IKU mencionou especialmente em sua avaliação. Os organizadores também ficaram impressionados com o potencial do mercado e o número de máquinas previstas ao longo de um período de cinco anos.
“Ao combinar os processos de fiação e tricô, criamos uma interface que não existia anteriormente. Ninguém além de nós ainda está familiarizado com ele, de modo que, além da liderança tecnológica, estabelecemos uma valiosa liderança de conhecimento”, comentou Sebastian Mayer, diretor da Mayer & Cie. Responsável pelo desenvolvimento corporativo.
De acordo com a empresa, menos máquinas são necessárias, a despesa de capital é reduzida, economias significativas de espaço e energia podem ser feitas, e o armazenamento de fios pode ser reduzido enquanto menos resíduos são produzidos. Os custos de produção em geral podem ser reduzidos consideravelmente e a redução nas emissões de CO2 é uma contribuição valiosa para a sustentabilidade, afirma a Mayer & Cie.
Prezado Renato Cunha
Sou assíduo leitor de seu blog, que possui um conteúdo sempre muito interessante. Por vezes, algumas matérias nos dão margem para fazermos alguns questionamentos que não foram mencionados na mesma. É o caso desta matéria, sobre tecelagem combinada entre fiação e malharia. É uma inquestionável quebra de paradigma e a empresa em questão faz jus ao prêmio de inovação IKU. Faltou porém explicar de onde vem a mecha de fibras que irá alimentar esta máquina. Da maneira que foi colocado na matéria, parece que esta maçaroca (tubete com a mecha) simplesmente apareceu ali. Na realidade, para produzir esta mecha, teve todo um complexo fluxo de máquinas de fiação, desde o fardo de fibras até se chegar na maçaroca. Minha pergunta é: então esta máquina é exclusiva para quem já tem fiação? As empresas que são exclusivamente tecelagens de malhas não poderão ter esta tecnologia? Digo isto porque. para se ter uma ideia de números apenas no Brasil, o número de empresas fabricantes de fio (fiação), passa um pouco de quatro centenas ao passo que, o número de malharias se mede na casa dos milhares. Por questões técnicas, que não falarei aqui para não me alongar ainda mais, não creio na viabilidade das malharias comprarem a maçaroca e muito menos das fiações se interessarem em vender as mesmas. Volto a insistir: coloquei estes questionamentos não para diminuir esta inovação, ao contrario, a empresa está de parabéns e é uma tecnologia fantástica e sem paralelo que eu saiba. Mas para eu mesmo poder entender e poder divulgar corretamente. Concluindo: toda inovação é bem-vinda pois estimula outras inovações, mas, nem toda inovação é inquestionável.
Um Abraço e Sempre Sucesso
Olá Ricardo tudo bem? Essa máquina elimina os processos de filatórios de anel, open end ou jet spinner. A empresa têxtil utilizará o maquinário tradicional de processamento de fibra de algodão até a maçoriqueira. Os tubetes são retirados da maçoriqueira e colocados na Spinisystems que o transformará em malha circular. Essa tecnologia só serve para fabricar malhas e não para tecido plano.