No Canadá, a startup CleanO2 desenvolveu um aparelho capaz de retirar dióxido de carbono de caldeiras industriais e produzir carbonato de potássio, que pode ser usado para fazer sabão. A cada segundo em todo o mundo, mais de 1.000 toneladas métricas de CO2 são liberadas na atmosfera. E se fosse encontrado um uso para as emissões, em vez de se tornarem mais poluentes? Essa ambição impulsionou a CleanO2 para desenvolver o CARBiN-X. Este dispositivo inovador é capaz de retirar CO2 de caldeiras industriais e produzir carbonato de potássio.
Um produto químico usado pela indústria vidreira e pelo setor agrícola e também usado em sabonetes. É o que está fazendo a rede de cosméticos Lush, que já utiliza a matéria-prima criada pela CleanO2. Ele reduz as emissões de CO2 ao mesmo tempo que limita a quantidade de recursos naturais necessários na fabricação de sabão. Desde que foi criada em 2005, a CleanO2 instalou 14 unidades CARBiN-X no Canadá: em escolas, edifícios residenciais e fábricas. De acordo com a empresa, cada unidade é capaz de reduzir as emissões de CO2 em 6 a 8 toneladas por ano. “Pense no número de edifícios que têm unidades de aquecimento. O potencial é enorme”, disse o fundador Jaeson Cardiff.
O carbonato de potássio é vendido para fabricantes de detergentes e sabões e os lucros são divididos entre a CleanO2 e o dono da unidade. De acordo com o startup, o custo das unidades do CARBiN-X será amortizado em quatro a cinco anos. No final de 2020, Jaeson Cardiff espera ter vendido mil unidades do CARBiN-X e, eventualmente, quer exportá-los: “Temos mantido discussões com clientes em potencial do Japão e da Irlanda. Isso está crescendo muito rápido.”