E se houvesse uma maneira de ajudar a eliminar a crise global do plástico sem ter que comprometer significativamente nenhuma das conveniências com as quais nos acostumamos em nossas vidas cotidianas? Conheça o Samsara Eco. Com tecnologia baseada em enzimas que pode quebrar plásticos, a startup australiana de tecnologia ambiental pode ter exatamente o que precisamos.
A solução inovadora da empresa pode quebrar plásticos de uso único em moléculas orgânicas inofensivas que podem ser facilmente recicladas ou compostadas. Essa solução ‘do berço ao berço’ oferece uma maneira de reciclar plásticos de forma sustentável, recriando-os em novos plásticos ou reciclando-os em commodities mais valiosas.
Enzimas, substâncias orgânicas que catalisam biorreações, são a chave para a tecnologia. As enzimas quebram as moléculas de polímero plástico em suas partes constituintes conhecidas como ‘monômeros’. O processo do Samsara é sustentável e pode ser realizado em temperatura ambiente.
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Este é um benefício significativo em comparação com outros processos avançados de reciclagem de plástico, que requerem grandes quantidades de calor. A startup, portanto, oferece um método mais sustentável de reciclagem, estimando que economizará 3 toneladas de emissões de carbono para cada tonelada de plástico reciclado usando o processo.
O fundador e CEO da Samsara Eco Paul Riley explica que a tecnologia garante que os plásticos não precisem mais ser feitos de combustíveis fósseis ou plantas e não acabem em aterros sanitários ou oceanos. Ele explica : “A motivação por trás deste trabalho vem de nossas preocupações com o meio ambiente, especialmente relacionadas às emissões de carbono e resíduos plásticos, combinadas com nosso amor pela engenharia enzimática ser capaz de projetar proteínas para fazer coisas novas e úteis”.
Fundada em 2021, a startup conta com uma equipe de 13 pessoas composta por cientistas, engenheiros e pesquisadores da Australian National University em Canberra. A visão de longo prazo da startup é estender suas capacidades tecnológicas para reciclar infinitamente outros produtos plásticos derivados do petróleo, como roupas feitas de poliéster e nylon.