Espera-se que o mercado global de embalagens de comércio eletrônico atinja um valor de mercado total de quase US$ 100 bilhões até 2027, um grande aumento em relação ao valor de 2020 de US$ 35 bilhões. Muitos varejistas reconhecem os altos custos ambientais decorrentes de tal volume de embalagens e estão buscando ativamente alternativas recicláveis, reutilizáveis e compostáveis.
O papel costuma ser considerado uma opção melhor do que o plástico, mas alguns inovadores estão buscando maneiras de evitar o corte de árvores, encontrando fontes alternativas de celulose. Um dos mais bem-sucedidos até agora é Valentyn Frechka e sua empresa, Releaf.
Como jovem estudante na Ucrânia, Frechka passou anos estudando celulose para encontrar uma forma alternativa de fazer papel. Depois de testar folhas caídas, ele começou a trabalhar na tecnologia que hoje é a base da Releaf, distribuidora internacional de papéis e embalagens de papel.
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O papel Releaf é feito exclusivamente de resíduos biológicos coletados e fibras recicladas. O novo processo de fabricação usa 15 vezes menos água do que a produção tradicional de papel. Grande parte da matéria-prima para os produtos da empresa vem de equipes de limpeza de ruas urbanas. Após a coleta, as folhas são limpas, secas e depois transformadas em grânulos para armazenamento a longo prazo.
Os grânulos são estáveis, permitindo que a empresa mantenha as matérias-primas disponíveis para ciclos de produção estáveis. A Releaf produz papel com peso variando de 70 a 300 gramas por metro quadrado, juntamente com uma variedade de papéis de embrulho, sacolas e envelopes de comércio eletrônico.
O processo Releaf não apenas alivia a pressão sobre as florestas do mundo, mas também ajuda os governos municipais a descartar de forma sustentável os resíduos biológicos que, de outra forma, entupiriam os ralos das ruas e os canos de esgoto.