Em seu novo relatório Fixing Fashion, o Comitê de Auditoria Ambiental ( EAC ) pede ao governo do Reino Unido para criar um novo imposto sobre a produção de fast fashion por considerar que a grande produção de moda descartável é “exploradora” e “insustentável”, fazendo com que os varejistas de moda assumam responsabilidade pelo desperdício que criam. Um centavo (de libra, um pouco mais que um cêntimo de euro) por peça produzida para atenuar o impacto daquele tipo de produção de moda é a proposta de um grupo de parlamentares da Câmara dos Comuns.
O Comité concluiu que o Reino Unido é o país da União Europeia onde mais peças de roupa são jogadas no lixo, produzindo 300 mil toneladas de resíduos têxteis, que acabam em aterros ou incineradoras. A proposta, que será submetida a estudo, é a primeira do mundo. A indústria da moda gera no Reino Unido mais de 40 bilhões de euros e emprega cerca de 890 mil pessoas, incluindo o comércio e a produção. O Parlamento britânico também se propõe a recompensar empresas que produzam com menor impacto ambiental, oferecendo incentivos fiscais à promoção da reutilização e reciclagem, e penalizará aqueles que não o fazem.
Por outro lado, o grupo de trabalho pode também recomendar que os programas de formação das escolas de design de moda incluam uma agenda específica sobre como desenhar e produzir vestuário mais sustentável. No final de janeiro, a Câmara dos Comuns concluiu uma investigação que começou em junho do ano passado sobre o impacto da moda no país, que se concentrou nos 16 maiores varejistas britânicos de moda, tendo concluído que “o atual modelo de exploração de mão-de-obra e danos ambientais da moda deve mudar”. Saiba mais aqui.
O documento acusou diretamente empresas como a JD Sports, Sports Direct, TK Maxx, Boohoo, Kurt Geiger e Missguided de más práticas. Do outro lado, encontrou os exemplos da Asos, Marks & Spencer, Tesco, Primark e Burberrys. O The Economist lançou o IN FASHION que mostra os impactos socioambientais da indústria da moda.