O presidente da OMS, Tedros Adhanom, alertou recentemente que poderá haver novas “pandemias” no futuro caso a humanidade não mude seus hábitos e relações com o meio ambiente e com os animais. A sua ameaça é real e amparada historicamente nas agendas pensadas por bilionários há mais de um século. Enquanto ambientalistas lutam pela restrição dos bens, serviços e recursos naturais, convencendo-nos a abrir mão “pelo planeta”, veganos militam sem saber pelo encarecimento (restrição) da carne, enquanto fundações de famílias tradicionalíssimas investem pesado na desconstrução sexual de crianças.
Usar recursos naturais, comer carne e ter família será privilégio de ricos. Aos pobres, lockdown, fome, empobrecimento e censura. Tudo isso começou com o comunismo, mas foi herdado pelos capitalistas de Wall Street. O empobrecimento mundial serve a vários itens da agenda globalista. Um deles é o estabelecimento de uma renda mínima universal, tornando a vida de todos os cidadãos do mundo dependente da elite econômica. Outro, é o controle da informação: a pobreza exige atenção maior a questões básicas, interesses imediatos de sobrevivência, o que impede ou restringe a participação política. A pobreza extrema, no mundo, está hoje em seu menor nível (menor que 10%), o que deu força a uma maior participação e, somada às novas tecnologias, ampliou o espaço de debate.
Ou seja: mais dinheiro, mais democracia. Os globalistas precisam corrigir essa “disfunção” da liberdade excessiva, o que explica a criação de armações como o “combate às fake news“. Antes, porém, de criar as condições para o aumento da pobreza, é preciso restringir os pobres que existem e torná-los ainda mais pobres. Esse plano parece maligno (e o é), mas possui ótimas “justificativas humanitárias”, assim como existiam no comunismo soviético, visto ainda hoje como tendo “boas intenções” mas que infelizmente foi mal sucedido. A igualdade dos povos, a paz, a democracia, a liberdade; signos facilmente preenchidos com novos significados e usados para a implementação do exato oposto que significavam.
Não foi, portanto, uma hipocrisia momentânea ou aleatória a iniciativa de João Dória em decretar lockdown em São Paulo enquanto partia para fazer compras em Miami. Esta é a mentalidade da elite globalista, que vê em tudo o que é bom um direito inalienável aos cidadãos superiores da pólis. Estes mesmos bens devem ser sumariamente negados aos ditos ignorantes, aos párias, os desprovidos de bom gosto e da consciência da missão sagrada atribuída aos ricos como Dória. A diferença é que, para George Soros, Rockefeller, Mark Zuckerberg, entre outros, João Dória é também um pária que pensa estar surfando as ondas da elite. É apenas um office boy dos chineses.
O ideal de uma revolução mundial totalitária não foi apenas bandeira dos comunistas e nazistas. Muitos intelectuais do início do século passado já previam que o comunismo iria acabar sendo assimilado por um plano mais amplo e mais abrangente, o que H. G. Wells chamou de “Conspiração aberta”. Wells acreditava que o mundo precisava abandonar antigas tradições de patriotismo e religiões para confiar o futuro da humanidade a uma fraternidade universal, bem representada hoje pelas diretrizes da ONU e OMS.
De modo geral, Wells pregava uma reforma mundial por meio de reformas educacionais e uso de propaganda, com o fim de eliminar as lealdades nacionais, tradicionais, religiosas e tudo o que pudesse competir com uma lealdade universal à humanidade e ao projeto da construção de uma ideia de “bens globais” ou propriedade mundial.
Entre as ações previstas da sua “Conspiração Aberta”, Wells aconselha:
1 – A declaração completa, teórica e prática, da natureza provisória dos governos existentes e de nosso consentimento com os mesmos;
2 – A resolução de minimizar, por todos os meios disponíveis, os conflitos desses governos, seu uso militante dos indivíduos e da propriedade, e suas interferências com o estabelecimento de um sistema econômico mundial;
3 – A determinação de substituir a propriedade privada, local ou nacional, ao menos no crédito, transporte e produção de coisas essenciais, por uma diretoria mundial que sirva aos objetivos comuns da raça;
4 – O reconhecimento prático da necessidade de controles biológicos mundiais, por exemplo, da população e das doenças;
5 – O suporte a um padrão mínimo de liberdade individual e bem-estar no mundo;
6 – A tarefa suprema de subordinar a carreira pessoal à criação de uma diretoria mundial capaz dessas tarefas e ao avanço geral do conhecimento, da capacidade e do poder mundiais;
7 – A admissão, com isso, de que nossa imortalidade é condicional e está baseada na raça e não em nossa individualidade.
As ações da conspiração, pensadas logo após a Primeira Guerra, trazem a utopia do controle total não apenas sobre questões periféricas e instrumentais, técnicas, da humanidade, mas sobre aspectos da própria natureza humana. O item 7 é esclarecedor sobre todos os anteriores: se nossa imortalidade não é individual, não temos direitos fora da coletividade e toda a mensagem cristã se vê, aí, anulada. O destino individual, a carreira pessoal, como recomenda, devem estar submetidos a um fim da raça humana e não da própria realização vital do homem. Todos os controles, sobre nascimentos, mortes e doenças, como elencados, são, nesse item, justificados.
A Nova Ordem Mundial do “Great Reset”
Não à toa, foi um romance de Wells, “A Guerra dos Mundos”, o escolhido para ser lido em uma transmissão radiofônica, em 1938, causando pânico na população da costa leste dos Estados Unidos. A transmissão imitava o estilo jornalístico de narrativa, o que foi suficiente para convencer multidões a tentar evacuar a cidade de Grover’s Mill, no estado de Nova Jersey, para fugir do perigo. A confusão paralisou outras três cidades do entorno. Sabe-se hoje que o evento fez parte de uma experiência de teóricos da comunicação para saber do que eram capazes as notícias na determinação do comportamento humano.
Hoje, o mundo inteiro se vê paralisado pelas notícias e tudo o que sabemos sobre mortes, vírus, vacinas, medicamentos, estudos e recomendações, nos é passado por jornais. Em meio a tudo isso, os meros questionamentos são classificados pejorativamente como coisas de “quem acredita em conspirações”. Não seria menos exigente acreditarmos no que disse o influente escritor ao chamar sua utopia de “conspiração”, do que simplesmente calar-se diante de dúvidas sobre novidades completamente inéditas na história da medicina como as trazidas pela “pandemia”?
Afinal, é uma “teoria da conspiração” apontar a coincidência de que todas as medidas propostas pelas ideologias do ambientalismo, da “pandemia”, da ideologia de gênero, resultam em restrições de liberdade? Seria uma coincidência também que H. G. Wells chamou tudo isso de “conspiração”? Se todas as supostas ameaças à vida humana e emergências mundiais que vemos na mídia há décadas, e que partem dos mesmos intelectuais, cientistas e entidades, insistem em propor soluções restritivas, acreditar que tudo isso seria coincidência não seria a adesão a um tipo de “teoria da coincidência”?
Texto de Cristian Derosa publicado no site Estudos Nacionais
A PANDEMIA DOS BILIONÁRIOS
Em nível mundial, a pandemia fez com que a pobreza extrema global aumentasse pela primeira vez em mais de 20 anos, de acordo com um relatório do Banco Mundial em outubro. O relatório estima que a pandemia “empurrará de 88 a 115 milhões de pessoas para a pobreza extrema este ano, com o total aumentando para 150 milhões em 2021”. Eles definem “pobreza extrema” como viver com menos de US $ 1,90 por dia, e cerca de 82% dessa “nova população pobre” estará em países de renda média.
“Fique em casa” é o mantra preferido de bilionários da tecnologia como Jeff Bezos, dono da Amazon e o homem mais rico do mundo. A riqueza de Bezos cresceu quase 80% durante a pandemia de US $ 113 bilhões em março de 2020 para US $ 203,1 bilhões em outubro de 2020, já que os bloqueios tornaram todos cada vez mais dependentes de seus serviços na Amazon para entregar alimentos e suprimentos. Os lucros da Amazon no terceiro trimestre de 2020 triplicaram em relação ao ano passado, de US $ 2,1 bilhões em 2019 para US $ 6,3 bilhões em 2020.
Saiba mais sobre essa ilustração aqui.
Jeff Bezos foi fundamental para exaltar a necessidade de lockdown que o tornaram ainda mais rico. A fábrica de propaganda pessoal do CEO da Amazon, o jornal The Washington Post, defendeu quarentenas/lockdowns e propagou a histeria corona que mais uma vez fez de Bezos o homem mais rico do mundo. Isso contrasta fortemente com a estimativa de uma em cada cinco pequenas empresas fecharam durante a pandemia.
Em maio, o Washington Post relatou que mais de 100.000 pequenas empresas americanas – que já foram o motor econômico do sonho americano – fecharam para sempre devido a histeria do vírus. A pandemia devastou empresas familiares que foram forçadas a fechar devido a pedidos de bloqueio do governo que favoreciam grandes redes de varejo como Amazon, Walmart, Carrefour entre outras.
Essas grandes lojas puderam permanecer abertas e arrecadar enormes lucros, aumentando seu poder de monopólio e expulsando os concorrentes menores para sempre. Este ano, o Walmart aumentou seus lucros quase 45% em relação ao ano passado, graças à pandemia.