O que é exatamente a dialética hegeliana? Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão do século XIX que inventou (alguns diriam reinventou) uma dialética peculiar, ou, método de argumento para a resolução de divergências. Seu método de chegar à verdade mediante a troca de argumentos lógicos é um sistema de processo de pensamento ainda utilizado até hoje.
Simplificando, a base do hegelianismo diz que a mente humana não consegue entender nada, a não ser que possa ser dividido em dois polos opostos. Bem/Mal, Certo/Errado, Esquerda/Direita. Por exemplo, quando as pessoas estão falando de dois partidos políticos, o que eles estão realmente se referindo, sem perceber, é à tese e a antítese baseados na dialética hegeliana.
Tese: uma (pseudo) ameaça fabricada.
Antítese: Estado policial repressivo.
Síntese: Remoção das liberdades civis, transferência de poder e riqueza dos muitos (zumbis idiotas) para os poucos (oligarcas e elites).
O único debate de verdade que ocorre é apenas as pequenas diferenças entre as duas partes. Nada é dito ou feito sobre as questões que nem a esquerda ou direita estão discutindo. Isto em particular tornar-se-á mais evidente à medida que a eleição (ou um outro evento) se aproxima. Outra forma da dialética hegeliana é Problema – Reação – Solução.
A maioria de nós, involuntariamente, é vítima de tudo isso com frequência e, infelizmente, se não pararmos, continuaremos a perder o nosso livre arbítrio e liberdades. Tem sido amplamente usado pelos nossos governos e corporações em todo o mundo. Pode-se dizer que em termos de controle das massas, e da sociedade em geral, sua implementação tem sido uma ferramenta eficaz em manter a humanidade em modo de bovina conformidade.
Quase todos os grandes eventos da história empregam a dialética hegeliana de:
Problema – fabricar uma crise ou tirar proveito de uma já existente, a fim de obter a desejada
Reação de clamor público em que o público exige uma solução que foi predeterminada desde o início.
Somente quando você quebra o paradigma esquerda/direita e chega à conclusão de que a invasão do Iraque e do Afeganistão e toda a falsa, para não dizer contraditória, guerra ao terror foi o resultado desejado para os neoconservadores dentro da administração Bush e todo o complexo industrial militar.
Eles de fato declararam em seus próprios papéis brancos a necessidade de um outro evento catastrófico e catalisador como um “novo Pearl Harbour”. Um exemplo da dialética hegeliana foi o “problema” da corrupção. A mídia é usada para reproduzir este problema, a fim de instigar uma reação (debate) no domínio público sobre a forma de lidar com ele. Tanto a oposição e o partido governante oferecem sua solução. A solução aceita pela população foi o impeachment.
Novamente, vemos que o único debate de verdade ocorrendo é apenas as pequenas diferenças entre essas duas partes. Nada é dito ou feito sobre as muitas outras questões mais importantes que nem a esquerda e nem a direita estão discutindo. De forma a evitar ser vítima da dialética hegeliana, a partir de agora você deve se lembrar do processo envolvido. Sempre que um problema ou questão importante surgir na sociedade pense em quem vai ganhar ou se beneficiar com isso.
Então remova-se da equação e dê um passo para trás para olhar a partir de uma perspectiva de terceiro. Veja o chamado “problema”, olhe quem está reagindo, por que e de que forma. Depois olhe quem está oferecendo a solução. Quando você fizer isso, a partir de agora, verá rapidamente a verdade em vez da mentira que eles queriam que você visse.
Fonte: Anarquista.net
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