Os fabricantes de peles naturais, alvo da ira dos ativistas dos direitos dos animais, rotularam as peles falsas como um “desastre ecológico” e acusaram o grupo de Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) de hipocrisia. “A PETA quer eliminar todas as roupas de origem animal, mas a imprensa nunca faz a conexão de que a alternativa sintética é um desastre ecológico”, disse Teresa Platt, diretora executiva da Fur Commission USA, um grupo de defesa da indústria de peles de animais.
Teresa Platt chamou o movimento liderado pela PETA para forçar a industria da moda a utilizar imitações sintéticas feitas de petroquímicos como parte do “salto dos produtos naturais baseados em animais para a ignorância politicamente correta”. Segundo ela, as peles artificiais promovidas pela PETA exigem um galão de óleo de petróleo para cada três casacos fabricadas. Teresa disse que as peles sintéticas falsas também não são biodegradáveis.
“As peles falsas não se degradam por pelo menos 600 anos e podem levar milhares de anos, mas no final do dia, isso é o que está sendo promovido como ambientalmente amigável pelos ativistas dos direitos dos animais”
Cerca de 63% do polímero plástico de poli tereftalato de etila/PET é para fabricar fibras têxteis, e atualmente, o PET domina mais de 55% do consumo mundial de fibras têxteis. Mas o PETA quer mais! Quer que todas as peles e couros naturais sejam substituídos por similares sintéticos com a desculpa de “defesa dos animais”. Mas o que muitos não sabem é que a organização foi denunciada nos EUA de matar animais, veja aqui.
O PETA está pressionando várias marcas de moda internacionais a desistirem de usar penas, peles, couro, seda, mohair, caxemira, lã, conchas, madrepérola e ossos em suas coleções, e substituí-los pelo quê mesmo? PLASTICO! A poluente indústria petroquímica agradece.
O Sebrae Inteligência Setorial lançou um interessante boletim de tendência sobre moda vegana, que fala da crescente ascensão desse nicho de mercado. O que o boletim mostra é uma tendência internacional da moda vegana de substituir as fibras e peles de animais por similares sintéticos. Marcas de moda acreditarem que um alternativa sintética aos naturais é mais “sustentável” é a total ignorância.
Se há 500 anos atrás a humanidade tivesse tecnologia para substituir as fibras e peles de animais por similares sintéticos, existiriam animais e seres humanos no planeta hoje? Os rios, oceanos e a terra estariam totalmente contaminados com bilhões de tonealdas de microplásticos. Muito mais do que é hoje!
Onde estão os programas de reciclagem das fibras e peles sintéticas que a PETA e algumas marcas de moda promovem e produzem? A PETA planeja continuar promovendo peles falsas porque “as peles sintéticas inspiram-se na beleza dos animais sem matar animais”. Mas nos EUA e Europa, o comércio de peles, domesticado e selvagem, dá aos animais e ao habitat dos animais um valor econômico real e é um componente vital para garantir a abundância de estoques de animais, habitats saudáveis e uma colheita sustentável.
Um novo estudo compara a biodegradabilidade da pele natural com a da pele artificial. Foi conduzido pelos Sistemas de Resíduos Orgânicos de Ghent, na Bélgica; encomendado pela International Fur Federation e pela Fur Europe Industrial Association, e publicado em 2018.
A China é o país com o maior número de denúncias de maus tratos de animais para extração da pele. E também é o maior produtor mundial de peles sintéticas. Nos países ocidentais as leis são bem mais rígidas em relação a produção de peles, fibras e couro animais. Trocar o natural pelo sintético não é tão simples como parece. Saiba mais aqui e aqui.