A Espanha é o maior produtor mundial de azeite e, portanto, gera uma quantidade considerável de caroços de azeitona durante o processo de extração. Atualmente, esse resíduo é incinerado para geração de energia. No entanto, o Instituto Tecnológico do Plástico Espanhol (Aimplas) e a Olivadera de los Pedroches (Olipe), uma cooperativa especializada na produção orgânica de azeite, implementaram o projeto GO-OLIVA para encontrar uma aplicação de alto valor agregado, rentável e sustentável de reaproveitar o caroço da azeitona.
O resultado é o Oliplast, um novo material composto de plástico biodegradável e compostável feito com materiais de fontes renováveis, nomeadamente, um enchimento ou reforço de azeite e um material termoplástico. Oliplast pode ser processado por extrusão e moldagem por injeção para fabricar novos produtos, como bandejas e pratos para segurar garrafas, bem como tampas para embalagens de cremes cosméticos feitos com azeite de oliva.
“Os caroços de azeitona têm baixo valor calórico e, por isso, geram poucos rendimentos para os agricultores. O objetivo do nosso projeto é obter uma nova aplicação com alto valor agregado para os resíduos através do desenvolvimento de novos materiais.”
Belén Redondo Foj, investigadora de Aimplas.
Assim nasceu o Oliplast, um composto plástico biodegradável e compostável de base biológica.
Para criá-lo, continua a pesquisadora, é preciso tratar o caroço da azeitona e depois incorporá-lo à matriz polimérica. Os caraço são preparados e triturados em partículas de tamanho micrométrico. As matrizes poliméricas biodegradáveis são então selecionadas para criar o composto. O bioplástico resultante pode então ser processado com tecnologias convencionais, como processos de extrusão e injeção, para criar os produtos finais.