Quem realmente foi o grande beneficiado pelo capitalismo? Se você respondeu “os ricos”, você nunca estudou história. Todo o progresso industrial, todos os aperfeiçoamentos mecânicos e elétricos, todas as grandes maravilhas tecnológicas, e todas as grandes conveniências e facilidades hoje disponíveis teriam significado relativamente pouco para os ricos e poderosos em qualquer época da história. Por exemplo: um sistema moderno de saneamento básico, com rede de esgoto e água encanada, teria trazido benefícios adicionais para os ricos da Grécia Antiga?
Dificilmente, pois eles tinham servos para lhes garantir todas essas comodidades. Os servos faziam o papel da água corrente. Os nobres da Roma Antiga teriam maior qualidade de vida caso houvesse televisão e rádio? Improvável, pois eles podiam ter os principais músicos e atores da época fazendo apresentações exclusivas em suas mansões, como se fossem seus serventes. Roupas manufaturadas, máquinas de lavar, microondas e supermercados? Os ricos e poderosos nunca precisaram se preocupar com essas coisas. Tudo era fabricado e mantido por seus serventes, que lhes entregavam tudo em mãos.
Que tal coisas mais modernas, como máquinas fotográficas ou mesmo smartphones para fazer selfies? Trariam pouquíssimos benefícios adicionais para os aristocratas da antiga, pois eles podiam simplesmente ordenar que os melhores e mais talentosos artistas do reino pintassem quadros com seus retratos. Avancemos as comparações para o mundo moderno. Hoje, no smartphone de cada cidadão comum há inúmeros aplicativos que trazem grandes comodidades. Destaque para dois: o GPS e os serviços de transporte, como Uber e Cabify.
Como exatamente os ricos e poderosos são beneficiados por ambos? Eles raramente dirigem por conta própria e ainda mais raramente pegam um taxi. Além de terem motoristas particulares, eles andam de limusines próprias e viajam de jatinhos, e possuem toda uma equipe de funcionários para esquematizar e cuidar de todos os detalhes de suas viagens. Por outro lado, pense nos enormes benefícios que ambos trouxeram para o cidadão comum, que agora não apenas pode ir a qualquer lugar com seu próprio carro como também pode se deslocar de forma barata e luxuosa em sua própria cidade. E sem precisar de uma equipe de funcionários para fazer os preparativos.
Os exemplos são inúmeros: desde toda a enciclopédia de informações trazidas pela internet (os ricos e poderosos nunca tiveram dificuldade de acesso à informação), passando pelas facilidades de lazer, entretenimento e cultura (hoje, você lê todos os livros em seu smartphone e assiste a todos os filmes na comodidade de sua casa, sob demanda; acesso a livros e filmes nunca foi problema para os ricos e poderosos), e culminando na fartura e na facilidade de acesso à alimentação e moradia. Acesso a tudo isso nunca foi problema para os ricos e poderosos. Já o capitalismo disponibilizou tudo para o cidadão comum.
Há dois séculos, o mundo possuía sete vezes menos habitante do que atualmente, e praticamente toda a população vivia na pobreza. Por outro lado, pela primeira vez na história da humanidade temos menos de 10% de pessoas na extrema pobreza, segundo dados do Banco Mundial referentes ao ano de 2015. A redução da pobreza mundial avançou e tem avançado em passos largos. Ao mesmo tempo, a população mundial aumenta exponencialmente.
É um fato inédito na historia da humanidade. Para erradicar a pobreza precisamos de mais capitalismo pois a pobreza extrema despencou à medida que a economia de mercado se expandiu. A Venezuela já foi um dos países mais ricos do mundo mas então adotou o socialismo. Consequentemente, hoje 87% da população está na pobreza, sendo que 61% estão na pobreza extrema. A catástrofe humanitária do socialismo venezuelano causou uma inflação de 16.000%, crianças abandonadas pelos pais, pessoas e animais morrendo de fome e doenças, e uma grande crise migratória. Mas muitas pessoas acreditam na mentira de que o capitalismo é o mair causador de desigualdades no mundo.
Confira o artigo completo no site do Mises Brasil.