Os dias de camisetas de US $ 5 estão contados. Especialistas em moda e negócios dizem que o anúncio desta semana de que a empresa Forever 21 fecharia todas as suas lojas canadenses não é surpresa, pois os compradores das gerações Y e Z estão dando as costas ao fast fashion e se interessando por marcas sustentáveis. Fast fashion é o modelo empregado por empresas como Zara, H&M, Primark e Forever 21, em que as marcas lançam semanalmente roupas baratas em alto volume para ver o que vai vender.
A Forever 21 fez o anúncio no domingo de que entrou com pedido de falência nos EUA e no Canadá. Todas as 44 lojas canadenses serão fechadas até o final do ano. O professor John Pracejus, diretor da Escola de Comércio da Universidade de Alberta, diz que acredita que foi uma combinação de concorrência e um consumidor preocupado com a sustentabilidade que contribuiu para o fracasso da empresa.
“Obviamente, existem outros lugares onde os consumidores podem comprar mercadorias semelhantes”, disse Pracejus. Segundo ele: “Certamente há uma mega tendência em direção à sustentabilidade. Estamos realmente começando a nos preocupar com quem fabrica nossos produtos, e observando o desperdício e a quantidade de materiais usados em cada peça de roupa que consumimos”. Inicialmente, o conceito de fast fashion começou como uma resposta para atender às necessidades dos consumidores que não estavam sendo atendidas pelas lojas de departamento e, embora fosse uma estratégia bem-sucedida por um tempo, os consumidores estão se afastando.
Parece que os consumidores de moda nos EUA e Europa realmente querem apoiar sua economia local e seus fabricantes locais, e assim estão economizando e escolhendo no que investir. É aquele velho ditado “nada dura para sempre”. Se a falência da Forever 21 sinaliza o começo do fim da era fast fashion, o que virá a seguir? Aluguel de roupas? Venda de roupa usada? Produção personalizada e sob demanda?