Os pesquisadores da Rice University conseguiram criar grafeno, não a partir de materiais purificados e caros, mas do lixo comum. A quantidade produzida é em quilograma por dia, em vez dos pequenos lotes de gramas por dia produzidos por métodos tradicionais. A nova técnica utiliza eletricidade para produzir grafeno de alta qualidade proveniente de restos de comida, resíduos de plástico e aparas de madeira. Este estudo inovador mantém a promessa ambiental e de mercado para várias aplicações em escala.
O líder da equipe de pesquisa, James Tour, disse: “Com o atual preço comercial do grafeno sendo de US $ 67.000 a US $ 200.000 por tonelada, as perspectivas para esse processo são excelentes.” James co-fundou a startup Universal Matter para comercializar essa nova técnica de desperdício em grafeno. O grafeno é altamente valorizado em setores como energia da bateria, eletrônica (flexível), semicondutores, seqüenciamento solar e até mesmo de DNA por suas excelentes propriedades mecânicas, elétricas e térmicas.
Estruturalmente, o grafeno pode ser visualizado como chapas ou filmes ultrafinos de átomos de carbono puro, alavancados para criar materiais de alta resistência. Durante décadas, o grafeno só foi conceitualizado por físicos teóricos. Então, em 1962, foi observado através de microscópios eletrônicos. No entanto, sua instabilidade o levou a permanecer à margem da física. Isso mudou em 2002, quando Andre Geim, professor de física da Universidade de Manchester, redescobriu o grafeno.
O New Yorker documentou a especialidade de Geim como materiais microscopicamente finos. Portanto, não foi um grande salto para ele repensar o empilhamento de átomos de carbono em camadas finas para ver como eles se comportariam em condições experimentais específicas. Geim foi, assim, o primeiro a isolar e produzir grafeno para que não fosse mais uma substância ilusória. Em 2010, Geim foi reconhecido por seu trabalho pioneiro com grafeno e recebeu o Prêmio Nobel de Física.
Embora o conhecimento de isolar e produzir grafeno seja conhecido desde o início dos anos 2000, os custos foram proibitivos. Por quê? Os métodos de criação de grafeno exigiam substratos caros para cultivar grafeno e reagentes como metano, acetileno e sólidos orgânicos que devem ser purificados antes do uso. Masscitechdaily com esse avanço da equipe da Rice University e da Universal Matter, o setor está prestes a mudar. Basta pensar que esta nova técnica de lixo para tesouro com grafeno apresenta vantagens em termos de custo de produção e meio ambiente.
Fonte: scitechdaily