Toda ideologia tem três elementos: uma visão do inferno com um inimigo que tem de ser esmagado; uma visão de um mundo mais perfeito; e um plano de transição de um para o outro. Os meios de transição envolvem a tomada e a subsequente utilização total da ferramenta mais poderosa da sociedade: o estado.
As ideologias totalitárias se baseiam em sobrepujar as preferências dos indivíduos e substituí-las por um sistema de comportamentos planejado por um comitê de iluminados. Este ano nos deu uma nova ideologia totalitária. Ela possui uma visão do inferno, do céu e um meio de transição. Possui uma linguagem própria. Tem um alvo. Tem um objetivo. E possui sistemas para recrutar adeptos.
Essa ideologia tornou-se mundialmente conhecida como “lockdown”. Podemos adicionar o sufixo “ismo”: lockdownismo. Sua visão do inferno é uma sociedade em que os patógenos circulam livremente. Seu paraíso é uma sociedade controlada inteiramente por tecnocratas médicos, cuja tarefa é a supressão de todas as doenças. O foco é um vírus. E a antropologia é considerar todos os seres humanos como sacos recheados de patógenos mortais.
As pessoas suscetíveis à ideologia são as pessoas com vários graus de misofobia — outrora considerada um problema mental, mas que agora se tornou “consciência social”. Todo o necessário é você acreditar que o único objetivo de todos na sociedade é evitar o vírus. A partir daí, todas as implicações se tornam explícitas. Antes que você perceba, você já se juntou a um novo culto totalitário.
O lockdownismo chegou impondo, em nível global, os controles mais intrusivos e abrangentes de seres humanos da história. As pessoas foram colocadas em prisão domiciliar. Suas igrejas e empresas foram fechadas. Milhões foram humilhados pelo estado, que afirmou que suas atividades não eram essenciais. A polícia impingiu decretos draconianos e prendeu dissidentes.
E o mais impressionante: depois de tudo, ainda não foi apresentada uma mísera evidência empírica de que esta política estupefaciente teve algum efeito em controlar o vírus, para não dizer em aniquilá-lo. Ainda mais impressionante: os poucos locais que permaneceram completamente abertos (Dakota do Sul, Suécia, Tanzânia, Bielorrússia) não perderam mais do que 0,06% da sua população para o vírus, em contraste a locais como NY e Reino Unido, que se fecharam totalmente e apresentaram as mais altas taxas per capita de mortalidade.
E piora: tudo indica que nunca haverá um momento em que não mais seremos obrigados a continuar professando essa nova fé. É o novo totalitarismo. O inimigo é o vírus e qualquer pessoa que não esteja vivendo de maneira exclusivamente voltada a evitar a contaminação tem de ser combatida. Há uma constante paranóia sobre O Outro: alguém diferente de você tem o vírus, e todos são uma ameaça. E quanto mais as pessoas estão se divertindo, mais doenças espalham. É uma versão sanitária da ideologia religiosa de Savonarola, que levou à Fogueira das Vaidades.
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Profetas do caos já falam em segunda onda da Covid-19 no Brasil
Os jornais inauguraram a segunda onda do medo aqui no Brasil. Aproveitando o clima, os profetas do caos, como Atila Iamarino, já lançaram novas previsões catastróficas sobre o vírus chinês. Segundo o youtuber, “2021 vai ser pior que 2020”. O programa Os Pingos nos Is comentou.
Guilherme Fiuza
A Seita da Terra Parada anuncia a 2a onda. Ela quer te trancar de novo. Você vai aceitar se ela demonstrar a detenção do contágio e a proteção dos vulneráveis no 1o trancamento?EXCLUSIVO: Ela não vai demonstrar nada. Então decide aí se vai entregar sua liberdade a esses doentes.