Duas alemãs empreendedoras querem revolucionar a indústria têxtil com um negócio de lã sustentável que aproveita o pelo dos cães para criar peças tão suaves como a cachemira. A Modus Intarsia surgiu como uma forma de valorizar o planeta e evitar o desperdício. As criadoras garantem que não há sofrimento animal e que este é o primeiro passo para mudar a indústria têxtil.

Qualquer pessoa pode enviar por correio o subpelo do seu amigo de quatro patas, desde que esteja em boas condições e a queda seja natural na mudança de estação. Por cada quilo de lã crua, recebem entre 15 a 45 euros.

Neste momento a Modus Intarsia está formando a sua rede de fornecedores, donos de cães, e no ano passado receberam um total de 250 quilos de pelo de alta qualidade. O próximo passo é criar a coleção Chiengora (uma junção de “chien”, termo francês para cão, e a fibra têxtil Angora). Estima-se que só na Alemanha são descartadas todos os anos mais de 80 toneladas de pelo canino. Será este o futuro do têxtil? É esperar para ver. Assista ao vídeo sobre o projeto aqui.

Pesquisador brasileiro desenvolveu fios têxteis com pelos de poodles 

O professor Renato Nogueirol Lobo, teve a ideia de utilizar pelos de poodle como matéria prima para o setor têxtil por volta de 2008, quando era professor da unidade Senai Francisco Matarazzo, em São Paulo. Ele explica que a ideia surgiu durante uma conversa com suas alunas: “Uma delas tinha um cão poodle e comentou comigo sobre o aspecto semelhante entre as fibras de poodle e a lã de carneiro e que seria interessante utilizar o pelo do animal na indústria têxtil”, diz. Foi quando o grupo decidiu realizar testes práticos com os pelos de poodle para produzir tecidos e criou o Projeto Caniche. Leia a matéria completa aqui.

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Renato Cunha
O blog Stylo Urbano foi criado pelo estilista Renato Cunha para apresentar aos leitores o que existe de mais interessante no mundo da moda, artes, design, sustentabilidade, inovação, tecnologia, arquitetura, decoração e comportamento.

2 Comentários

  1. Eu já entrei com patente desse projeto. Sou pesquisador da USP e desenvolvi esse trabalho a mais de cinco anos.
    Vocês teriam o contato dessas alemãs

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