Com o crescimento do mercado de tecidos inteligentes, impulsionado pela quarta revolução industrial na indústria têxtil e da vestuário, os tecidos estão ganhando um “cérebro” movido por inteligência artificial, o que vai acabar tornando obsoleta a milenar era dos “tecidos estúpidos”. Isso representa uma oportunidade de evolução para as empresas têxteis e de moda pois a IA será capaz de criar o próximo material maravilhoso na forma de um tecido que funciona como um software.
Diferentes maneiras em que a IA está sendo aplicada aos tecidos
A boa notícia é que a inteligência artificial já está revolucionando muitas indústrias e mudando a maneira como viajamos, fazemos negócios, fazemos compras e socializamos. Para se tornarem mais competitivas, as empresas deverão buscar uma maior compreensão sobre as inovações criadas com a ajuda da IA. É por isso que as marcas de moda esportiva e fitness estão utilizando IA para criar roupas de melhor desempenho.
Mas a fusão dos tecidos com IA ainda está no começo. Algumas empresas estão investindo em roupas inteligentes e uma dessas empresas é a QOOWEAR. Eles produziram a primeira roupa de trabalho térmica controlada por IA, que pode alterar sua temperatura automaticamente durante qualquer atividade, independentemente das condições climáticas externas.
Com base em pontos de aquecimento selecionados, o QOOWEAR usa a inteligência artificial para reconhecer, em tempo real, os pontos mais frios do corpo, dando-lhes prioridade para serem aquecidos, incluindo áreas anatômicas críticas, como dedos das mãos e pés. A roupa também integra sistemas de sensores usados para análise de bio-dados em tempo real e prevenção de riscos de saúde.
A QOOWEAR não está sozinha na revolução têxtil com IA, existem outras marcas que se aproveitam da inteligência artificial para criar produtos inovadores como é o caso da SKIIN, marca da empresa canadense Myant que criou a primeira linha de roupa íntima inteligente do mundo (veja aqui). Outra é a JanSport, que desenvolveu 300 mochilas com tecido programável, que permite aos usuários compartilhar uma música, um vídeo musical, uma página no Facebook ou uma ligação à Internet com qualquer pessoa próxima.
Atraente para os nativos digitais, o conceito foi desenvolvido pelo professor do MIT, Yoel Fink, para reinventar os tecidos como dispositivos programáveis. Em seguida, existe uma marca que usa inteligência artificial para interpretar os dados biológicos do usuário chamada Sensoria, que inclui uma meia com sensor habilitada com IA, roupas inteligentes infundidas com sensores e um novo aplicativo de treinamento habilitado por AI.
Não esqueçamos sobre a marca SUPA que surgiu com um sutiã para esportes alimentado por IA que permite as usuárias rastrearem seus batimentos cardíacos, passos, etc. SUPA = biometria + esporte + moda + Inteligência Artificial.
Níveis de Inteligência para os tecidos inteligentes
Os materiais programáveis são uma nova classe de materiais revolucionários que podem ser fabricados uma vez para em seguida, serem programados para alterar suas propriedades e forma. Os pesquisadores do MIT vem explorando materiais existentes como fibra de carbono, tecido, papel, madeira etc, programando-os para mudarem sua forma e propriedade sob demanda. Veja aqui.
Existem três tipos principais de tecidos inteligentes que podem executar diferentes funções.
Tecidos inteligentes passivos, no nível mais básico, são materiais equipados com sensores para registram as mudanças no ambiente circundante. Não fazem nada para alterar ou melhorar a condição, simplesmente registram os dados coletados através de sensores no tecido. Podem mostrar que ocorreu uma mudança de forma visual, como uma mudança de cor da fibra óptica, por exemplo.
Tecidos inteligentes ativos fazem um pouco mais. Eles estão equipados com um sensor (freqüentemente, tecidos inteligentes passivos estão envolvidos no desenvolvimento de um têxtil inteligente ativo) e um atuador, o que lhes permite atuar sobre os estímulos gravados. Quando um tecido inteligente ativo encontra mudanças ambientais, ele reage para melhorar o conforto do usuário. Alguns exemplos incluem tecidos termo-regulados, tecidos que absorvem ou removem calor, tecido que muda de cor ou tecidos com memória de forma.
O último tipo é o tecido muito inteligente que vem equipado com uma unidade que permite que o tecido tenha capacidade de reação, raciocínio e cognição. Tecidos muito inteligentes podem ser comparados à inteligência artificial, e é altamente provável que os futuros wearables envolvam o uso de tecidos muito inteligentes para melhorar a qualidade de vida dos usuários. Os elementos mais comuns dentro dos tecidos inteligentes são fibras condutoras, que são fibras pequenas tecidas diretamente na peça. Isso remove qualquer volume ou sensação de realmente usar um wearable, pois é simplesmente uma parte do tecido. Um exemplo comercial disso é a jaqueta inteligente do Project Jacquard do Google e Levi´s.
Os tecidos com IA irão mudar completamente a indústria têxtil e de vestuário e terá aplicações em diversas áreas como moda (casual, trabalho e esportiva), decoração, militar, agricultura, médica, arquitetura, aeroespacial, automóveis, engenharia e até robótica. Está preparado para a nova era dos tecidos com inteligência artificial?
Nossa, adorei o post. Muito bem explicado e é super interessante ver como a tecnologia tem a oferecer, só podemos esperar pra ver os próximos capítulos dessa nova era. Amo moda e também tenho um blog, se puder conferir! Abraços. Blog IncoModa: http://incomodaeafins.blogspot.com.br/