A H&M anunciou as cinco inovações vencedoras da moda em seu Global Change Award 2020 , que receberá um total de € 1 milhão pela H&M Foundation. As inovações vencedoras incluem algodão cultivado em laboratório e criação de tecidos a partir de DNA proteico, para rastrear fibras sustentáveis usando a tecnologia blockchain, separação de águas residuais e conversão de dióxido de carbono em poliéster sustentável .
Agora, mais do que nunca, a Fundação H&M visa continuar a apoiar o desenvolvimento, a inovação e o empreendedorismo a longo prazo, para um futuro sustentável, com o objetivo de identificar ideias em estágio inicial que possam tornar a moda mais sustentável e escalá-las para transformar todo o setor. Karl-Johan Persson, membro do Conselho da H&M Foundation, disse:
“A H&M Foundation apóia a luta contra o vírus Corona e, ao mesmo tempo, continuamos apoiando empreendedores e inovadores em prol da sustentabilidade a longo prazo. Todos os anos, fico impressionado com as idéias enviadas para o Global Change Award. As inovações são em si mesmas um desafio à maneira como pensamos sobre moda. Precisamos deixar para trás as antigas formas lineares de pensar e avançar mais rapidamente em direção a um modelo positivo e sustentável do planeta. As inovações vencedoras ajudarão nossa indústria a se reinventar e, com sorte, inspirar outras pessoas a também encontrar novas soluções.”
Este ano, o Painel de Especialistas do Global Change Award selecionou cinco inovações vencedoras de 5.893 inscrições de 175 países, durante o período de agosto a outubro de 2019. O primeiro lugar foi para a Galy, uma startup criada por brasileiros com sede nos Estados Unidos.
Os vencedores do Global Change Award 2020:
300.000 € – Algodão cultivado em laboratório pela Galy. O processo dispensa uso de terra e pesticidas, requer 80% menos água e menos espaço de terra para cultivo. A Galy destaca que o preço final do algodão de laboratório seria o mesmo do convencional.
250.000 € – A startup americana Werewool produz fibras derivadas de proteínas encontradas em organismos do mar como corais, ostras, água-viva, tartarugas e também proteínas do leite de vaca. O tecido feito dessa matérias primas assume cores naturais, apresenta elasticidade e tem propriedades funcionais como repelência à água, sem necessidade de outros processamentos.
Os demais três projetos receberam € 150.000 cada um. O Zero Lodo da startup americana SeaChange Technologies usa tecnologia para separar e limpar águas residuais que sobram de processos produtivos industriais, eliminando o lodo tóxico que deve ser encaminhado para aterros sanitários. O lodo vira pó seco e puro. A água limpa é transformada em névoa que pode ser então descartada no meio ambiente ou reutilizada.
Da Índia veio o projeto de linhas de rastreamento de fibras ao vestuário a partir do emprego de tecnologia blockchain. De acordo com a TextileGenesis, um fibercoin digital garantiria transparência e confiabilidade desde a linha de produção até o varejo. O sistema permitiria rastrear desde fibras de poliéster e viscose, recicladas ou sustentáveis.
O projeto da França propões converter CO2 em poliéster sustentável. A inovação da Airwear da Fairbrics coleta os gases, ativa e transforma em pellets de poliéster. A partir delas criaria um tecido de poliéster sustentável que parece com comum derivado de petróleo.
Além da doação total de € 1 milhão, a H&M Foundation inscreve os vencedores em um programa de aceleração de inovação de um ano. O programa, executado com a Accenture e o KTH Royal Institute of Technology, foi projetado para conectar os vencedores à indústria da moda e acelerar o processo de trazer suas inovações ao mercado.