Se observarmos os dados da economia chinesa, percebemos que todos os principais índices de crescimento econômico e industrial são negativos. Já faz algum tempo que começou a grande fuga de corporações estrangeiras, especialmente anglo-americanas, da China. Na década de 1980, a elite globalista decidiu construir o poder econômico e industrial chinês, trazendo para o país todas as indústrias do setor tecnológico americano.
Toda a produção ocidental foi transferida para a “fábrica do mundo” porque era necessário um mercado enorme para iniciar a globalização e produzir bens baratos e de baixa qualidade com mão de obra escrava chinesa. A China refletia perfeitamente essas características. Nos últimos anos, especialmente em 2022, estamos testemunhando o fenômeno inverso, o da desglobalização.
O capital que fluiu para a China comunista está migrando de volta para os países de origem quando a era da troca internacional ilimitada de mercadorias acabou. A economia chinesa entrou em fase de contração porque sua capacidade de produção se baseava exclusivamente nas exportações. A mudança geopolítica do mundo multipolar não poderia deixar de levar à mudança econômica.
O futuro da economia mundial não passará mais da importação de bens dos países asiáticos, mas passará do retorno à produção nacional. O trabalho que foi realizado em outros lugares retornará às fronteiras nacionais novamente. O potencial do mundo multipolar, especialmente para um país como a Brasil, é enorme.
Fuga da China: saída de investidores estrangeiros, queda da indústria e da alta tecnologia