A frase “comunidade planejada” evoca muitas imagens, talvez uma piscina, gramados bem cuidados, cercas brancas, segurança, mas uma fazenda não está na lista. Contrariando essa imagem estereotipada da vida suburbana estão surgindo um número crescente dos chamados “agrihoods” por todos os Estados Unidos.
Estes empreendimentos residenciais tem como diferencial não os inúteis e dispendiosos campos de golfes, mas fazendas comunitárias de agroecologia. De acordo com site CivilEats, existem atualmente cerca de 200 deles em todo o país.
O mais recente, chamado The Cannery, foi construído no que anteriormente era o lar de uma fábrica de conservas de tomate localizada a cerca de 1,6 Km do centro da cidade de Davis, Califórnia. O empreendimento de 40.4686 metros quadrados da empresa de desenvolvimento New Home Company é considerado o primeiro agrihood a criar raízes em terras anteriormente industriais.
A comunidade também é o lar de 547 casas, toda são eficientes em termos energéticos onde cada uma é alimentada por energia solar e vem equipada com tomadas de energia para carros elétricos.
Isso é ótimo, iniciativas como essas precisam começar a acontecer em todo o mundo, e o fato de que alguém já fez isso mostra ao restante do mundo desenvolvido que é possível. Em vez de construir comunidades residenciais normais, por que não criar algo sustentável? Por que utilizar imensas áreas para criar inúteis campos de golfe e não fazendas que produzam alimentos?
The Cannery é único por outras razões também. A fazenda comunitária de quase 30 mil metros quadrados será gerida pelo Centro de Aprendizagem Baseada em Terra, um grupo sem fins lucrativos que pretende executar programas de educação agrícola para estudantes e aspirantes a agricultores do local, além de uma operação comercial com foco em vegetais orgânicos, para abastecer a comunidade e também serem vendidos fora.
Há um custo para tudo isso, é claro, pois as casas no The Cannery são vendidas entre US$ 400 mil até US$ 1 milhão. Embora o termo “agrihood” pode ser relativamente novo, o conceito não é. O conceito tem raízes que remontam a meados de 1800. A primeira comunidade planejada dos EUA, em Riverside, Illinois, tinha um ar pastoral mesclando a vida da cidade e vida no campo.
The Cannery também possui uma rede de 16 km de trilhas de bicicleta, bem como uma rede de trilhas para pedestres para as pessoas para se locomoverem. A praça central oferece espaço para encontros ao ar livre, acesso a lojas de varejo e estacionamento de bicicletas coberto com lugares para usar e carregar dispositivos eletrônicos.
Haverá também uma sala de aula agroecologia para aqueles que desejam aprender sobre agricultura. Além de ser um empreendimento residencial, o The Cannery servirá como um modelo de agrihood e de agricultura urbana sustentável.
Quando se trata de sustentabilidade global de alimentos, é importante notar que vários cientistas concluíram e demonstraram que a agricultura biológica é a melhor e mais sustentável em todo o mundo. A União de Cientistas Preocupados diz que os cultivos transgênicos não são garantidos, como prometido pelas empresas de publicidade.
Eles ainda não conseguiram produzir os rendimentos prometidos e os agricultores não estão autorizados a guardar sementes devido as patentes das empresa. Sem falar que são obrigado a gastar muito dinheiro com fertilizantes e pesticidas.
O cultivo de orgânicos também é importante por causa de todos os problemas de saúde causados pelos pesticidas que incluem doenças como o autismo, doença renal, doença de Alzheimer, câncer e muito mais. Cada pessoa no planeta pode se alimentar com menos de 100 metros quadrados de terra bem gerida. Os agrihoods estão se tornando populares nos EUA por que as pessoas anseiam se conectar com a fonte de nossa comida e com a terra.
É simplesmente ilógico as cidades não terem suas próprias fazendas que produzam alimentos de forma orgânica sem agrotóxicos e sem modificação genética para alimentar sua própria população. Tudo acaba vindo de outros lugares distantes, centralizando a produção em alguns lugares e isso acaba exigindo um enorme gasto de combustível para transporte dos alimentos de um extremo ao outro. As agrihoods são uma resposta sustentável para esse dilema.
Muito interessante! Só não gostei nada do preço, que torna esta agrihood um privilégio de poucos, pouquíssimos… 100 metros quadrados, 10 por 10? Grata!
Fazendas comunitárias funcionam bem, são bonitas e ecológicas
A não ser que você que você diga que isso é socialismo, pois automaticamente deixam de funcionar, se tornam feias e tudo o que não presta.
Boa! Pertinentíssimo! kkkkkkkkk
Vamos todos plantar. Uma área por menor que seja pode ser plantada de hortaliças e legumes.
Sempre pensei isto, desde menino. É uma loucura como se perde terra neste mundo. Onde se poderia plantar alimentos, simplesmente nada existe e o mundo passando fome. Nenhum pedaço de tera deve ficar sem sua árvore frutífera, ou sua horta.
Concordo..
Morei na suiça 30 anos atras, la cada pedaçinho de terra tem sua horta e compostage, espero que
essa forma de pensamento se espalhe pelo mundo…Parabens pela materia…
Boa Tarde,
Gostaria de sugerir que vocês possibilitassem o compartilhamento de conteúdo pelo Linkdin.
No Japão este conceito de organização de fazendas comunitária já está sendo utilizados nas comunidades
Muito bacana! Só uma informação me causou espanto e estranheza: “Cada pessoa no planeta pode se alimentar com menos de 10 metros quadrados de terra bem gerida.” Acredito que o correto seriam 100 metros quadrados, não?
Obrigado por avisar Diego, consertei o número.
Há muito que observo quantos espaços vazios nós temos em nossas cidades, podendo contribuir com a alimentação das pessoas, produzindo perto dos consumidores, evitando os transtornos causados pelo transporte entre grandes distâncias.