A empresa Rent the Runway faz sucesso alugando roupas de grife de 500 marcas diferentes para assinantes que pagam uma taxa mensal, permitindo que tenham a disposição um guarda-roupa sofisticado por muito menos do que custaria realmente comprar as peças. A empresa prosperou, totalizando US $ 100 milhões em receita no ano passado e tornando-se lucrativa pela primeira vez. Com o slogan “compre menos, use mais”, a maior ambição da empresa é ameaçar o reinado do fast fashion.
A Rent the Runway anunciou um novo plano de assinatura de baixo custo que tornará o serviço acessível para mais clientes. O novo plano de US $ 89 permite aos assinantes alugar quatro itens por mês. O plano padrão, que oferece itens ilimitados por mês, custa US $ 159, mas agora permite aos clientes alugar quatro itens por vez, em vez dos três anteriores.
Jennifer Hyman, CEO da Rent the Runway, acredita que os consumidores também estão cada vez mais abertos a alugar o que querem através de um serviço, ao invés de possuir algo de forma definitiva. Pense na forma como os serviços de transmissão como o Spotify mudaram a indústria da música e eliminaram a necessidade de realmente possuir a música que você escuta. A mesma coisa poderia acontecer com a moda?
A roupa está pronta para o mesmo tipo de disrupção que aconteceu com o transporte e a música?
Em teoria, o aluguel de roupas ameaça fazer para a moda o que empresas como o Uber e Spotify fizeram para o transporte e a música, mas a roupa é um tipo de produto completamente diferente. É possível que a Rent the Runway se torne o Spotify da moda?
O moda é uma categoria única pois ao contrário de serviços como downloads de música ou passeios de táxi, as pessoas sentem uma conexão emocional com as marcas e o que representam. Uma experiência positiva e envolvente do consumidor também faz parte da equação. Talvez no futuro, o aluguel de vestuário se tornar mais comum do que comprá-lo, mas isso se aplicaria principalmente a roupas para ocasiões especiais.
O sucesso da Rent the Runway, impulsiona o surgimento de mais empresas de aluguel de roupas, mas isso se tornaria um problema para as redes de fast fashion no futuro?
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Quem mais pode ganhar ou perder?
Os serviços de aluguel de roupas podem ter sucesso em categorias como roupas de maternidade, roupas de tamanho maior, roupas para eventos e roupas para esportes ao ar livre. Mas um grande aumento no aluguel de roupas prejudicaria os varejistas de vestuário tradicionais. Duas tendências emergentes podem roubar o mercado das marcas de fast fashion: a personalização em massa e o aluguel de roupas.
A gigante da tecnologia Amazon quer se tornar a maior empesa de moda do mundo e está apostando em tecnologias digitais para a personalização em massa de vestuário. Mas o que aconteceria se a Amazon também se envolvesse no aluguel de roupas? Isso poderia mudar completamente o mercado de moda.
Se a Amazon começar a investir em serviços de assinatura de roupas aproveitando o enorme potencial de sua plataforma de comércio online, isso poderia alterar as preferências dos consumidores, pelos menos nos países desenvolvidos. Da mesma forma que os consumidores esperam receber suas entregas no próximo dia ou no prazo de dois dias, não seria difícil a Amazon ter sucesso com o mercado de aluguel de roupas e tornar o conceito do fast fashion obsoleto.