Carolyn Raff é a ideia por trás de “Um oceano cheio de possibilidades”, um projeto de pesquisa baseado em matérias-primas renováveis do mar para a indústria têxtil e moda. Ela se formou na Academia Estadual de Belas Artes de Stuttgart em 2017, após concluir um curso de design têxtil. Desde então, trabalha como designer freelancer. Os biomateriais estão sob os holofotes do setor de design atualmente, e o fascinante trabalho com algas de Carolyn tem chamado atenção.
Nesse contexto, diferentes tipos de produtos baseados em algas são usados para projetar e criar novos materiais. Ágar, um substituto da gelatina à base de algas, é usado em muitos experimentos diferentes e é a principal fonte de um novo tipo de bioplástico. O material biodegradável pode ser criado em diversos tons, visuais e estruturas. É tingido com corante natural, principalmente com cores à base de algas, como astaxantina e ficocianina.
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O estúdio de Carolyn Raff está localizado em Stuttgart, longe do oceano. Por isso, ela teve que improvisar e utilizar produtos à base de algas já disponíveis no mercado. Descobriu que a indústria de alimentos tem muito a oferecer quando trata-se de algas ou de produtos extraídos de algas. A designer começou a trabalhar com o ágar porque pode ser comprado em supermercados e é um material que pode ser facilmente manipulado.
“Para criar uma certa faixa de cores no biopolímero à base de algas, uso apenas cores naturais, principalmente vegetais. Comecei a tingir com algas como a Spirulina e acabei reciclando os restos de banhos de tingimento de outros designers de moda e têxteis que usam apenas corantes naturais em seus produtos. Com esse procedimento, posso reutilizar o corante e a água que normalmente seriam despejados pelo ralo depois que os tecidos são tingidos. “
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O foco é trabalhar com materiais e recursos biodegradáveis e naturais. Carolyn tenta usar materiais que são um subproduto de um processo de fabricação já existente ou recursos que podem ser colhidos com o menor impacto possível no ecossistema.
“A segunda razão é a organização da minha maneira experimental e não convencional de pesquisar e projetar, é realmente importante estabelecer alguns limites. É mais fácil enlouquecer com experimentos no campo da pesquisa de materiais e sustentabilidade, quando você já decidiu que tipo de material e com quais recursos você deseja trabalhar. Quando o sistema estiver configurado, você poderá começar a aprofundar o assunto e forçar seus próprios limites “.
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“Minha própria definição de função nesse sentido é a idéia de materiais biodegradáveis e saudáveis para moda e têxteis em geral. Portanto, os materiais com os quais estou trabalhando devem seguir a função de biodegradabilidade e o design seguirá. A criatividade para fazer algo que fala com todos os sentidos entra no processo. Meu objetivo é criar algo que seja ecológico e atraente ao mesmo tempo “.
“Trabalho principalmente com designers têxteis e de moda, mas o produto tem um grande potencial em muitas áreas. Existem possibilidades quase infinitas para trabalhar com este biopolímero à base de algas. Sou formada em design têxtil, portanto minha maneira de trabalhar com ele é influenciada pela minha paixão por bordados e manipulação de tecidos. Mas também pode ser usado no contexto de design de produtos, embalagens e muito mais”.
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