Marcas de moda estão sendo avisados de que a legislação proposta nos EUA para reprimir a poluição por plásticos pode levar a restrições ao uso de fibras sintéticas. Heidi Sanborn, diretora executiva do National Stewardship Action Council, está trabalhando com os senadores da Califórnia/EUA para aprovar em 2020, um novo projeto de lei que exigiria que os fabricantes assumissem a responsabilidade de coletar e reciclar seus produtos de plástico e que ela acredita que poderia levar a leis semelhantes visando microfibras em tecidos sintéticos.
Segundo Sanborn: “Meu palpite é que eles começarão a exigir mudanças no projeto para reduzir o descarte de fibras, exigirão filtros em qualquer máquina de limpeza de carpetes e de lavagem de tecidos e, se isso não for bem-sucedido, eles passarão a proibir fibras sintéticas e passarão a promover as fibras naturais.” Mas as coisas não são tão simples. Pesquisadores da Universidade de Nottingham descobriram uma porcentagem muito maior de fibras naturais do que as fibras sintéticas em amostras de água doce e atmosférica no Reino Unido. As fibras têxteis como poliéster e nylon, estavam ausentes em 82,8% das amostras, enquanto as fibras têxteis naturais estavam ausentes em apenas 9,7% das amostras. Saiba mais aqui.
Mas os legisladores da Califórnia terminaram a sessão legislativa de 2019 sem aprovar dois projetos de lei que teriam sido o esforço mais ambicioso do país para reduzir as enormes quantidades de poluição plástica que estão poluindo os oceanos, rios e lagos. Os projetos exigiam que as empresas que vendem produtos plásticos reduzissem a poluição plástica em 75% até 2030. Isso poderia ocorrer através da reciclagem, compostagem ou redução na quantidade de embalagens.
Além disso, exigiriam que, a partir de 2030, todas as embalagens e produtos alimentícios de uso único, incluindo pratos, canudos, garfos, colheres, facas, copos e tigelas oferecidos para venda ou importação na Califórnia, teriam que ser recicláveis ou feitos de materiais que se decompõem quando compostados. Mas os críticos disseram que muitas das grandes empresas já estão trabalhando em direção aos objetivos desses projetos de lei.
Eles também consideraram as medidas excessivamente amplas e potencialmente caras. Cerca de 80% das 25 maiores empresas de embalagens de consumo se comprometeram a tornar 100% de suas embalagens recicláveis ou compostáveis até 2030, incluindo as cinco maiores como Nestlé, Procter & Gamble, PepsiCo, Unilever e Anheuser Busch, que estabeleceram 2025 como data prevista. Saiba mais sobre a lei aqui.
Os fatos são assustadores. Um estudo realizado em 2017 descobriu que metade de todo o plástico já produzido foi fabricado nos últimos 13 anos. Apenas 9% do plástico vendido todos os anos nos Estados Unidos é reciclado, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Até 13 milhões de toneladas métricas acabam no oceano do mundo a cada ano, o equivalente a um caminhão de lixo sendo jogado no mar a cada minuto, onde mata peixes, pássaros, tartarugas marinhas, baleias e golfinhos.
O video a seguir faz uma boa análise sobre o problema do plástico. A legenda está em inglês mas tem tradução em português.
Como o plástico, produzido por derivados de petróleo, dura centenas de anos, ele não se decompõe, mas se quebra em trilhões de pedaços minúsculos, alguns microscópicos. Estudos mostraram que eles acabam em peixes, na chuva e em alimentos que os humanos estão consumindo, incluindo peixes. Mas proibir o plástico petroquímico não é algo economicamente fácil e barato de fazer. Vamos substituí-lo por qual material e a que custo?
Como a reciclagem de sacolas e embalagens plásticas infelizmente é baixa, a melhor opção seria que os próprios fabricantes de resinas plásticas adicionassem aditivos biológicos que aceleram o processo de biodegradação. Construído para suportar vários usos, os plásticos PET continuam a ser resistentes mesmo após o descarte, esse fato contribui para o crescente problema da poluição por plásticos em todo o mundo.
Os aditivos biológicos podem ser usados na fabricação de uma ampla variedade de produtos PET e não afetam a cor, a clareza ou a qualidade geral dos plásticos até que sejam expostos a um ambiente biologicamente ativo, como um aterro sanitário. Adicionar aditivos para degradar as embalagens PET é a solução mais fácil e econômica de resolver o problema.
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