Em 13 de março, o desenvolvimento dos Pavilhões da Mirvac revelou um apartamento de dois quartos no Parque Olímpico de Sydney feita com resíduos. Roupas velhas, sacos de grãos de café e vidros descartados são todos transformados com a tecnologia MICROfactorie em “cerâmicas verdes”.
As cerâmicas verdes, nunca antes utilizadas como material de construção, são utilizadas em todo o apartamento para tudo, desde ladrilhos e bancadas da cozinha, à mesa de jantar, luminárias e obras de arte. As cerâmicas são o resultado de uma colaboração iniciada em 2019 entre a Mirvac e o Centro de Pesquisa e Tecnologia de Materiais Sustentáveis (SMaRT) da UNSW, liderado pela Professora Veena Sahajwalla da UNSW, uma pioneira global em tecnologia de resíduos.
Meses de testes foram necessários para aperfeiçoar a estética e o desempenho do produto. O material está em conformidade com o Código de Construção da Austrália e passou nos testes de deslizamento e resistência ao fogo e acústica. Ele também atende aos padrões de design da empresa Mirvac, provando sua capacidade de resistir ao desgaste doméstico normal e derrames inevitáveis na cozinha.
Em 2019, Mirvac e o SMaRT Centre ofereceram um primeiro vislumbre do potencial da cerâmica verde com a inauguração dos móveis e obras de arte da Marrick & Co, a primeira comunidade residencial One Planet Living em New South Wales.
A próxima etapa na colaboração do SMaRT Center é investigar oportunidades para estabelecer MICROfactories para permitir a obtenção local e a fabricação de resíduos em cerâmica verde. Essas fábricas são projetadas para operar em escala local, coletando resíduos e fabricando na fonte, com a primeira instalação sendo inaugurada em Cootamundra.
“O que isso nos permite é minimizar o custo de transporte, descentralizar essas instalações, ter a fabricação acontecendo localmente e converter resíduos em produtos de valor agregado”, diz uma pioneira global em tecnologia de resíduos, professora Veena Sahajwalla do SMaRT Center. “Não é bom apenas para o nosso meio ambiente, mas também para a nossa economia.”