Um dos maiores problemas ambientais da indústria têxtil é o processo tradicional de tingimento de tecidos e fios que exige uma grande quantidade de água e produtos químicos tóxicos que acabam por contaminar a água, exigindo depois que ela seja tratada. Em países asiático onde se concentra a maior parte da produção têxtil mundial, o tratamento muitas vezes nem chega a acontecer e a água contaminada com corantes têxteis é despejada diretamente nos rios. Como resolver esse enorme problema ambiental? Com novas tecnologias é claro.
O dope-dyed é uma técnica usada para tingir tecidos sintéticos como acrílico, nylon, poliéster e agora tecidos artificiais como viscose. O processo dope-dyed difere do tingimento tradicional de tecidos e fios pois envolve uma única etapa e não duas. No processo de dope-dyed, adicionam-se os pigmentos à solução do polímero líquido antes do processo de extrusão das fibras sintéticas. A técnica dope-dyed é sustentável mas a produção do acrílico, nylon e poliéster virgens oriundos do petróleo não é.
Assim para se ter um tecido realmente sustentável a melhor forma é utilizar polímeros de poliéster e nylon reciclados com tingimento dope-dyed. Esses tecidos poderão depois ser reciclados em novas fibras de poliéster e nylon regenerados aproveitando o tingimento original. A técnica dope-dyed ainda não foi utilizada em fibras naturais como algodão, cânhamo, linho, etc.
Comparado ao tradicional tingimento de tecidos e fios, onde a cor é aplicada em uma segunda etapa do processo, o dope-dyed é muito mais rápido, eficiente e sustentável. Depois que as fibras foram extrusadas, o processo economiza aproximadamente 80% de água, 20-30% de corantes, 80% de outros agentes químicos e também requer menos energia. Em resumo, a tecnologia dope dyed adiciona o corante ao polímero para fiação, substituindo o poluente processo de tingimento têxtil atual.
Masterbatch é um composto plástico de um ou mais aditivos em alta concentração usado em segmentos da indústria de transformação plástica (sopro, injeção, extrusão, rotomoldagem, termoformagem e laminação), em resinas ou misturas, como aditivo de cor e balanceador de concentrações.
A sueca IKEA tem um fornecedor chamado Hilong, localizado em Xangai na China, que é o maior fabricante de tecidos da empresa, produzindo anualmente cerca de 4 milhões de produtos para a IKEA. Em 2012, a Hilong surgiu com a ideia de desenvolver poliéster tingido com a técnica dope-dyed para a produção de tecidos para móveis. No final de 2014 que foram lançados no mercado os primeiros produtos IKEA feitos com dope-dyed.
Atualmente, vários fornecedores da IKEA usam têxteis sintéticos com dope-dyed e quase 50% do poliéster utilizado na cadeia de abastecimento da IKEA utiliza essa técnica sustentável e o número está aumentando constantemente. Somente em Hilong, a introdução do poliéster dope-dyed levou a uma poupança anual de aproximadamente 300 mil toneladas de água. A IKEA acredita que os tecidos sustentáveis são o futuro e em cooperação com seus fornecedores, a empresa vai expandir o dope-dyed para outros materiais, como filamentos reciclados de poliéster, viscose e texturizados. O video abaixo mostra o processo.
A Chainlon é uma fabricante profissional de nylon, fio de nylon e nylon ATY, e se dedica a utilizar novas tecnologias sustentáveis na produção de seus fios sintéticos através da linha Greenlon de polímeros de nylon reciclados com dope dyed.
A tecnologia e.dye Waterless Color System oferece uma alternativa que economiza água e energia, utilizando um processo chamado dope-dyed, e.dye não requer absolutamente nenhuma água para tingir os fios sintéticos. Ao adicionar a cor antes dos polímeros serem extrudados, a cor fica dentro do fio. Saiba mais clicando abaixo:
Tecnologia e.dye oferece tingimento ambientalmente sustentável para tecidos de poliéster