À medida que os consumidores vão se tornando conscientes de como os materiais são obtidos e começam a procurar alternativas mais éticas ou sustentáveis, diversas empresas ao redor do mundo estão desenvolvendo novas formas de fabricar “couro vegano”. Muitas empresas, entre elas a Land Rover, Tesla e H & M, estão trocando as peles de animais por novas oportunidades de negócios e investimentos. Algumas marcas de automóveis e de moda estão em busca de alternativas “sustentáveis e éticas” ao couro animal para que não se precise abater milhões de vacas por causa do couro.
Mas na verdade, as vacas são criadas principalmente por causa de seu leite e carne, os resíduos que sobram como couro, cartilagem e ossos são aproveitados para diversas utilidades industriais. E por causa da pressão ambiental, os curtumes desenvolveram técnicas mais eficientes e sustentáveis para curtir o couro e tratar a água utilizada, mas isso não importa muito para os veganos. Como não comem carne, também não querem usar couro ou pele animal.
O mercado global de couro sintético deve chegar a US$ 85,05 bilhões até 2025. A Tesla ajudou a liderar a oferta ao oferecer couro vegano inovador e de alta tecnologia que reduz a pegada de carbono enquanto aprimora seu foco na sustentabilidade. No mundo da moda, a H & M está comprometida em se tornar “positiva para o clima”, e para acelerar esse objetivo, a H & M financiou uma empresa que produz um material que imita couro feito de resíduos da produção de vinho. Veja os oito materiais que estão prontos para conquistar o mundo da moda, decoração e revestimento automobilístico.
1. Uvas
A startup italiana Vegea criou um “couro de vinho” que é o mais recente material inovador produzido pelo processamento dos restos sólidos das uvas. É uma matéria-prima totalmente natural, feita de cascas de uva, caules e sementes descartadas na produção de vinho. O fundador do Vegea, Gianpiero Tessitore, fez parcerias com marcas de moda, decoração e automobilística para que possam utilizar seu revolucionário material para móveis, bolsas, peças de vestuário e outros acessórios.
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2. Maçãs
O “couro da maçã” usa polpa desperdiçada, material que é deixado para trás no processo de fabricação da sidra. O novo material chamado de Pellemela é fabricado pela empresa italiana Frumat, e adere às qualidades autênticas da fruta, adicionando o mínimo possível à receita de polpa. Isso mantém o material 100% biodegradável. O conceito é uma economia circular completa, imitando a vida, olhando para a natureza para inspiração e soluções. A marca de moda sustentável Matea Benedetti foi a primeira a utilizar o material para roupas. Saiba mais aqui, aqui e aqui.
3. Abacaxis
Baseado no Reino Unido e na Espanha, a empresa Ananas Anam desenvolveu um material chamado Piñatex. É macio, flexível e respirável, além de poder ser estampado, costurado e cortado. Isso cria uma longa lista de usos potenciais, incluindo calçados, roupas, acessórios de moda, móveis e interiores para as indústrias automotiva e aeronáutica. De acordo com a empresa, as fibras de Piñatex são subprodutos da colheita de abacaxi e não requerem terra extra, água, fertilizantes ou pesticidas além do necessário para cultivar abacaxis para consumo. As folhas são degomadas e transformadas num material que se parece muito com o feltro. Deixando de lado a estética, o couro de abacaxi é super-sustentável.
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4. Cogumelos
A magia dos cogumelos tem inspirado a humanidade por milênios, onde várias civilizações do passado utilizaram esses fungos para rituais xamânicos, medicina e culinária. Esses fascinantes organismos vivos podem ser comidos como alimento, bebidos como chá, consumidos como remédio e corantes. Mas uma startup de San Francisco chamada MycoWorks, tem outros planos mais “fashionistas” para os cogumelos, utilizando a biofabricação para crescer um material parecido com couro animal através dos fungos.
O ingrediente chave da MycoWorks é o micélio, os microscópicos fios de um cogumelo que parecem raízes e se fixam e colonizam diferentes superfícies. Como uma fibra natural, o micélio é particularmente atraente porque pode ser cultivado e manipulado em várias texturas e formas, é biodegradável e macio, e mais respirável e mais repelente à água do que o couro derivado de animais. Isso o torna perfeito para itens do dia a dia, como cintos, bolsas e sapatos.
5. Papel
Você usaria sapatos, bolsas e cintos feitos de papel reciclado? Acha que seria uma loucura pelo fato do papel molhar e não ser resistente? O Cartina é o primeiro material sustentável feito de papel reciclado para acessórios de moda e graças às patentes exclusivas sobre o processo de fabricação, o papel tem as mesmas características físicas e mecânicas do couro como resistência e impermeabilidade e pode ser estampado das mais diversas formas.
Os sapatos e bolsas feitos com Cartina são leves, impermeáveis, resistentes, modernos, confortáveis mas também muito elegantes. Transformar papel reciclado em algo durável e repelente a água foi o resultado de dois anos de pesquisas para se recuperar o papel e criar um material durável e biodegradável para ser usado em artigos de moda.
6. Cortiça
A marca portuguesa Pelcor fabrica diversos acessórios com a casca de cortiça, que é sustentável, leve, impermeável, flexível, resistente e isolante. A Pelcor oferece cortiça com fundo de algodão, poliuretano, poliéster ou nylon. O processo utiliza a casca do sobreiro que é naturalmente resistente à água e macia ao toque. Os produtos da marca são tão atraentes para o planeta quanto para os fashionistas.
7. Milho
A empresa italiana Coronet produz bio-polióis, que são polímeros à base de plantas derivados de fontes naturais renováveis em vez de origens petroquímicas. Na fase de fabricação, essas fibras geram emissões zero de dióxido de carbono. A principal matéria-prima dos bio-polióis é o milho utilizado para produzir etanol e outros produtos manufaturados. A matéria-prima necessária para fazer os bio-polióis tem uma pegada ambiental menor do que suas alternativas baseadas em petróleo.
8. Bactérias
A ANTIMATERIA é um Lab-ateliê de design criado pela designer Irene Flesch que desenvolve o B-Cel, um biomaterial fermentado a partir de bactérias e fungos. O resultado é novo, leve, translúcido e cheio de desafios. O biopolímero é resistente, biodegradável e oferece novas possibilidades para a concepção dos objetos, experimentamos com diversas combinações e justaposições que criam um diálogo entre a funcionalidade e a estética.
Após ser cultivado o B-Cel é desidratado e então passa pela etapa do tingimento natural com Índigo, Ruibarbo, Alfafa, Casca de Cebola, entre outros. A primeira jornada criativa da Antimateria se materializa em uma coleção de bolsas cujo fio inspirador foi brincar com a composição das formas geométricas básicas da Bauhaus e do Concretismo e com as texturas e brilhos do Cosmos.
Olá boa noite,acho perfeito a procura e a iniciativa de se criar novas e outras alternativas sustentáveis que venham a substituir o couro animal e aos derivados sintéticos,mas não podemos esquecer de uma alternativa já aprovada e já no atuante no mercado,o laminado vegetal,sendo a quarta-geração de produto,totalmente fabricado através de magterias-primas renováveis,( o látex natural)
Acessem o nosso site e conheçam um pouco dosnossos produtos.
http://www.ecologicalatex.com.br