A tecnologia vestível está possibilitando criar toda uma série de roupas que podem repelir a sujeira e a água, ser extremamente resistentes evitando furos ou rasgos e com a adição de nanotecnologia avançada nas fibras têxteis poderão surgir tecidos inteligentes que monitoram nossa saúde, exercícios físicos, se conectam a “internet das roupas” e podem mudar de cor e estampa automaticamente utilizando como energia somente o movimento e o calor do corpo humano como também a energia solar.

Com os constantes avanços de novos materiais e métodos de fabricação, em 2070 nossas roupas serão totalmente diferentes do que são hoje. Daqui a 5 décadas, uma mistura complexa de nanotecnologia, biotecnologia, argilotrônica, metamateriais e outros componentes possibilitarão criar um tipo de roupa que só seria possível no reino da ficção científica. Cientistas estão pesquisando a nanotecnologia e a auto-construção por décadas.

Até agora, só conseguimos utilizar máquinas volumosas como as de impressão 3D para imprimir objetos tridimensionais mas no futuro essas máquinas serão minúsculas e trabalharão em enxames para criar os mais diversos produtos quase instantaneamente como se fosse mágica como mostra o vídeo abaixo sobra a argilotrônica também conhecida como claytrônica.

Os avanços na nanorobótica permitirão a construção de objetos de forma mais sutil e rápida em escala macro de uma forma mais compacta e com menor impacto sobre os recursos naturais da Terra. A adoção da nanotecnologia em larga escala a partir de 2020 possibilitará criar roupas e acessórios multifuncionais.

O guarda roupa do futuro pode ser simplesmente uma placa fina embutida na parede ou no chão, escondendo milhares de nanorobôs e materiais de construção moleculares. O usuário pode se posicionar sobre a placa no chão ou tocar na placa presa a parede e mandar a máquina (apode ser feito também por comandos de voz ou telepatia virtual) para que comecem a criar. Os nanorobôs são programado com o design final das roupas e começam a fazer seu trabalho.

O processo inicia-se com cada nanorobô organizando e categorizando cada molécula de construção, com base no material agregado necessário e onde cada peça se localizará no produto acabado. Então eles começam a se interligar entre si, formando um “esqueleto” de base sobre a qual pode ser anexado moléculas de construção. Veja o exemplo abaixo que apareceu no filme TRON de 2012.

2070 - A era das roupas de nanotecnologia avançada stylo urbano

Como mais e mais nanorobôs adicionando moléculas, milhares de fibras individuais começam a se formar fora da superfície da máquina da mesma forma que uma aranha faz para tecer sua teia. Estes fibras se entrelaçam acima e em torno do corpo da pessoa, cruzando umas com as outras para criar um padrão de tecelagem, antes de finalmente tomar a forma de roupas tradicionais. O resultado é uma estrutura básica em torno do qual os nanorobôs podem adicionar recursos avançados e personalizados.

Dependendo da função do equipamento, as fibras originais podem ser entrelaçadas com energia fotovoltaica, nanofio piezoelétrico, nanotubos de carbono, metamateriais, argilotrônica ou qualquer outros materiais úteis. Dispositivos eletrônicos minúsculos podem ser adicionados para fins médicos ou de comunicação com a internet das roupas. Todo este processo é concluído em questão de segundos.

Com tal detalhe e controle, a roupa tecnológica de 2070 dará ao usuário uma série de conveniências que é quase indistinguível da magia. Guarda roupas não serão mais necessários, pois uma única peça desempenha a função de várias, transformando-se em uma variedade infinita de estilos e formas. Todas as roupas farão sua auto-limpeza, auto-concerto e raramente precisarão de ser lavadas.

2070 - A era das roupas de nanotecnologia avançada stylo urbano-2

Essas roupas poderão se ajustar instantaneamente a situações de emergência, tornando-se mais fortes que o aço para proteger o usuário de uma facada, tiro, acidentes ou quedas. Se uma pessoa for ferida, o tecido pode administrar medicamentos e nanorobôs médicos poderão selar uma ferida. Os bombeiros e outros trabalhadores de resgate estarão completamente protegidos dos riscos, como incêndios ou radioterapia. A nanotecnologia dos tecidos também serão úteis no espaço, protegendo as pessoas contra mudanças bruscas de pressão do ar, micrometeoritos, raios cósmicos e outros perigos.

Dispositivos médicos invisíveis a olho nu incluídos nestas roupas monitoram as doenças em todos os momentos, pegando os primeiros sinais de câncer ou infecção e alertando o utilizador antes que qualquer dano seja feito. A energia necessário para alimentar essas várias funções será fornecida por uma combinação de componentes piezoeléctricos e fotovoltaicos incorporado em todo tecido da roupa.

Algumas das tecnologias mencionadas acima já estarão disponíveis décadas antes de 2070, mas eram mais simples e limitadas. Mas no futuro, todas elas estarão integradas e combinadas em um único processo através de enxames de nanorobôs inteligentes. Como esta tecnologia vai evoluir ainda mais num futuro distante, torna-se uma parte permanente da fisiologia de alguns povos, quase como uma segunda pele. A humanidade de 2070 se vestirá de forma muito diferente da atual. Só que nenhum de nós estará vivo para ver!

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Renato Cunha
O blog Stylo Urbano foi criado pelo estilista Renato Cunha para apresentar aos leitores o que existe de mais interessante no mundo da moda, artes, design, sustentabilidade, inovação, tecnologia, arquitetura, decoração e comportamento.

3 Comentários

  1. Desde criança sempre gostei desse assunto nano. Mecânica e física Quântica.
    Tudo que envolve a inteligência que o mundo atômico tem a oferecer.
    Salve gostei muito de ler.

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